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1.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 27(2): 213-226, maio-ago. 2021. ilus
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1340867

RESUMO

O desenvolvimento da Abordagem Centrada na Pessoa foi dividido em fases que apresentam as atitudes que fazem parte da relação terapêutica, independente do público atendido. Contudo, na especificidade da psicoterapia infantil, o desenvolvimento teórico e prático da própria abordagem aponta para a existência de peculiaridades. Este estudo tem como objetivo apresentar, através de uma revisão narrativa de literatura, fundamentada na hermenêutica filosófica de Gadamer, as possíveis características relativas ao atendimento de crianças a partir de um retorno às fases da ACP. Discutimos os fundamentos iniciais do atendimento com crianças em Rogers ena perspectiva clássica de Axline, compreendendo como a ludoterapia com crianças se caracteriza nas fases não-diretiva, reflexiva, experiencial e pós-rogeriana. Discutimos sobre propostas contemporâneas nos contextos europeu, estadunidense e brasileiro. Concluímos que essa delimitação do atendimento infantil possibilita uma percepção mais clara das mudanças e aprimoramentos em relação aos trabalhos pioneiros de Rogers e Axline, sempre tendo como eixo a dimensão relacional e a tendência ao crescimento como motor do processo terapêutico.


The development of the Person-Centered Approach was divided into phases that presents the attitudes that are part of therapeutic relationship, regardless of the public served. However, in the specificity of child psychotherapy, the theoretical and practical development of the approach points to the existence of peculiarities. This study aims to present, through narrative literature review, based on Gadamer's philosophical hermeneutics, the possible characteristics related to the child therapy, starting from a return to the PCA phases. We discuss the foundations of child therapy in Rogers and Axline's classic perspective, understanding how child play therapy is characterized in non-directive, reflective, experiential and post-Rogerian phases. We discuss contemporary proposals in the European, American, and Brazilian contexts. We conclude that this delimitation enables a clearer perception of changes and improvements amongst to the Rogers and Axline's pioneering work, always having as its axis the relational dimension and the tendency to growth as a motor of the therapeutic process.


El desarrollo del Enfoque Centrado en la Persona se dividió en fases que presentan las actitudes de la relación terapéutica, independiente del público. Sin embargo, en la especificidad de la psicoterapia infantil, el desarrollo teórico y práctico del enfoque en sí mismo apunta la existencia de peculiaridades. Este estudio tiene como objetivo presentar, a través de una revisión narrativa de la literatura, basado em la hermenéutica filosófica de Gadamer, las posibles características de la psicoterapia con niños, desde el retorno a las fases de ECP. Discutimos los fundamentos de la psicoterapia con niños en Rogers, la perspectiva clásica de Axline, comprendiendo como la terapia de juego com los niños se caracterizan em las fases no directiva, reflexiva, experiencial y pos-rogeriana. Discutimos propuestas contemporáneas en los contextos europeo, estadounidense y brasileño. Concluimos que esta delimitación permite una percepción más clara de los cambios y mejoras en relación con los trabajos pioneros de Rogers y Axline, teniendo siempre como eje la dimensión relacional y la tendencia al crecimiento como motor del proceso terapéutico.


Assuntos
Humanos , Criança , História do Século XX , História do Século XXI , Ludoterapia/métodos , Psicologia da Criança/métodos , Psicoterapia Centrada na Pessoa/métodos , Ludoterapia/história , Família , Humanismo , Psicoterapia Centrada na Pessoa/história
2.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 20(4): 1253-1272, out.-dez. 2020.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1355177

RESUMO

Corpo, tempo, espaço e Outro são as bases que constituem nossa experiência intersubjetiva. Nomeadas aqui como categorias fenomenológicas, elas são uma ferramenta para a compreensão do mundo vivido (psico)patológico, pois em suas alterações se desvelam a estrutura da experiência de adoecer. Este artigo tem como objetivo desenvolver um estudo teórico a respeito das condições que possibilitam o aparecimento dos mundos vividos (psico)patológicos na perspectiva de uma fenomenologia clínica da ambiguidade. A perda de comunicação vital com o mundo característica das alterações corporais, a dessincronização da experiência temporal, o espaço vazio e sem significações atrelado a um prejuízo na relação dialética Eu-Outrem forma o eixo nuclear de sustentação dos mundos vividos (psico)patológicos, ilustrados aqui por meio dos modos de funcionamento na depressão melancólica e na esquizofrenia. Concluímos que estas categorias se atravessam mutuamente e sua divisão é apenas de ordem didática. Elas precisam ser compreendidas globalmente para alcançarmos as experiências de adoecer. (AU)


Body, time, space and Other are the bases that constitute our intersubjective experience. Named here as phenomenological categories, they are a tool for understanding the lived (psycho)pathological world, as these changes can result in an adornment experience structure, as the changes can result in a structure of experience of illness. This article aims to develop a theoretical study about the conditions that enable the emergence of the (psycho)pathological lived world from the perspective of a clinical phenomenology of ambiguity. The loss of vital communication with the world that is characteristic of bodily changes, the desynchronization of temporal experience, the empty and meaningless space linked to a loss in the I-Other dialectical relationship forms the nuclear axis of support of the (psycho)pathological worlds, illustrated here through the modes of functioning in melancholic depression and schizophrenia. We conclude that these categories cross each other and their division is only didactic. They need to be understood globally to reach the experiences of falling ill. (AU)


El cuerpo, el tiempo, el espacio y el Otro son las bases que constituyen nuestra experiencia intersubjetiva. Nombradss aquí como categorías fenomenológicas, son una herramienta para comprender el mundo vivido (psico)patológico ya que en sus cambios se revela la estructura de la experiencia de enfermarse. Este artículo tiene como objetivo desarrollar un estudio teórico sobre las condiciones que permiten la aparición de mundos vividos (psico)patológicos en la perspectiva de una fenomenología clínica de la ambigüedad. La pérdida de la comunicación vital con el mundo característico de las alteraciones corporales, la desincronización de la experiencia temporal, el espacio vacío y sin sentido vinculado a una pérdida en la relación dialéctica Yo-Otro forma el eje nuclear de soporte de los mundos vividos (psico)patológicos, ilustrado aquí a través de los modos de funcionamiento en la depresión melancólica y la esquizofrenia. Encontramos que estas categorías se cruzan entre sí y su división es solo didáctica. Deben entenderse globalmente para alcanzar las experiencias de enfermarse. (AU)


Assuntos
Psicopatologia
3.
Rev. Psicol. Saúde ; 11(1): 3-17, jan.-abr. 2019. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-990420

RESUMO

Através de uma Revisão Sistemática da Literatura retomamos a literatura sobre o Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA) entre 2006 a 2016, para caracterizar e discutir as produções sobre o tema. Foi realizada uma busca nas bases de dados SciELO, Science Direct, Redalyc e Lilacs, utilizando os descritores "compulsão alimentar" e "transtorno da compulsão alimentar" e traduções para os idiomas espanhol, francês e inglês. Foram incluídos artigos disponíveis para download em periódicos com Qualis CAPES A1, A2, B1 e B2. Os achados apontam uma tendência da valorização do caráter biológico e voltado para o diagnóstico a partir do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, com foco nos sintomas e nos tratamentos. O panorama das pesquisas demonstra a necessidade de pesquisas que se proponham a compreender o TCA de forma ampla e avaliar os possíveis impactos da efetivação como transtorno nos indivíduos envolvidos e nas práticas de saúde que os circundam.


Through a Systematic Review of Literature we return to the literature on Binge Eating Disorder (BED) between 2006 and 2016, to characterize and discuss the productions on the subject. A search was made in the databases SciELO, Science Direct, Redalyc and Lilacs, using the descriptors «compulsão alimentar¼ and «transtorno de compulsão alimentar¼ and translations into the Spanish, French and English languages. Articles available for download in journals with Qualis CAPES A1, A2, B1 and B2 were included. The findings point to a trend towards the valorization of the biological character and aimed at the diagnosis from the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, focusing on symptoms and treatments. The research landscape demonstrates the need for research that intends to comprehend the BED in a broad way and to evaluate the possible impacts of effectiveness as a disorder in the individuals involved and in the health practices that surround them.


A través de una Revisión Sistemática de la Literatura retomamos la literatura sobre el Trastorno de Compulsión Alimentaria (TCA) entre 2006 y 2016, para caracterizar y discutir las producciones sobre el tema. Se realizó una búsqueda en las bases de datos SciELO, Science Direct, Redalyc y Lilacs, utilizando los descriptores «compulsão alimentar¼ y «transtorno da compulsão alimentar¼ y traducciones a los idiomas español, francés e inglés. Se incluyeron artículos disponibles para descargar en periódicos con Qualis CAPES A1, A2, B1 y B2. Los hallazgos apuntan una tendencia de valorización del carácter biológico y orientado hacia el diagnóstico a partir del Manual Diagnóstico y Estadístico de los Trastornos Mentales, con foco en los síntomas y en los tratamientos. El panorama de las investigaciones demuestra la necesidad de investigaciones que se propongan a comprender el TCA de forma amplia y evaluar los posibles impactos de la efectividad como trastorno en los individuos involucrados y en las prácticas de salud que los circundan

4.
Memorandum ; 34: 150-170, jun. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-914003

RESUMO

O artigo tem como objetivo descrever a experiência da depressividade num atendimento de psicoterapia, articulando a gestalt-terapia e a psicopatologia fenomenológica de Arthur Tatossian. A depressão é uma patologia que sempre existiu, mas nunca foi tão frequente quanto nos dias atuais, registrando-se o aumento de seu diagnóstico nos últimos 50 anos. Neste estudo de caso, utilizamos o termo "depressividade", ao invés de depressão, tomando como lente a perspectiva humanista fenomenológica para descrever a experiência vivida de Alice. O diálogo entre a gestalt-terapia e a psicopatologia fenomenológica de Arthur Tatossian parte de uma interrelação entre as noções de sujeito da gestalt-terapia e da psicopatologia fenomenológica. Consideramos que, na clínica humanista fenomenológica, buscamos criar condições de possibilidade de produção e de expressão da intersubjetividade com o intuito de nos aproximarmos do mundo vivido do sujeito.(AU)


This paper aims to describe the experience of depressivity in a psychotherapy process, articulating gestalt-therapy and Arthur Tatossian's phenomenological psychopathology. Depression is a condition which has always existed, but was never as common as it is today, registering an increase of its diagnostics in the last 50 years. In this case study, we use the term "depressivity", rather than depression, taking the humanistic-phenomenological perspective as a lens to describe Alice's lived experience. The dialogue between gestalt-therapy and Arthur Tatossian's phenomenological psychopathology is founded on an interrelation between the notion of subject from the gestalt-therapy and the phenomenological psychopathology's one. We consider that, in humanistic-phenomenological clinic, we seek to create conditions of possibility for producing and expressing intersubjectivity in order to get closer to the subject's lived world. (AU)


Assuntos
Terapia Gestalt , Psicologia
5.
Rev. Subj. (Impr.) ; 17(1): 12-21, jan. 2017.
Artigo em Francês | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-897074

RESUMO

Comment créer dans l'enfer de la prison ? Se basant sur l'expérience française, les auteurs défendent la nécessité de la création en prison en sept points: 1. La création est un moyen de survie pour échapper à l'effondrement psychique et tenter d'élaborer la souffrance de l'incarcération. 2. Créer amène une évasion par l'esprit et un espace de liberté pour résister à l'infantilisation et à l'abrutissement et ouvrir des horizons dans le temps carcéral mortifère. 3. La création a une fonction d'exorcisme de la haine, de la vengeance, de la violence, de la peur et un effet de catharsis sur la destructivité, évitant qu'elle se retourne contre soi-même et contre les autres. 4. Le travail de figuration, défiguration, reconfiguration de la matière artistique reflète l'ex-pression et l'im-pression de soi, c'est-à-dire les mouvements de transformation de l'être car le détenu est obligé de changer pour survivre et ne pas devenir fou dans sa nouvelle condition de prisonnier. 5. L›artiste qui initie à la création peut devenir un modèle, un passeur, un étayage précieux et la rencontre avec le monde de l›art permet de retrouver des émotions esthétiques qui relient à la communauté humaine. 6. Dans la création collective, la cohabitation forcée et la promiscuité parfois violentes avec les autres peut devenir une aventure collective instauratrice de communauté, voire parfois de fraternité. 7. La reconstruction de soi n'est obtenue qu'à condition de se confronter à sa prison intérieure : le chaos, le malheur, l'indicible, la répétition, les drames de l'enfance, etc. pour tenter de les symboliser et de les transformer. Ainsi, à condition d'être exigeante, la création peut apporter de la hauteur, de la beauté, de la distance, une nouvelle dignité au détenu dans une circonstance où il est en particulièrement privé.


Como ser criativo no inferno da prisão? Baseando-se na experiência francesa, defendemos a necessidade do processo criativo na prisão em sete pontos: 1. A criação é um meio de sobrevivência para escapar do abalo psíquico e tentar elaborar o sofrimento do encarceramento. 2. Criar leva a uma evasão pelo espirito e permite a abertura de um pequeno espaço de liberdade para resistir à infantilização, à brutalidade e abrir horizontes no período mortífero de prisão. 3. O processo criativo tem uma função de exorcismo da raiva, da vingança, da violência, do medo e um efeito de catarse sobre a destrutividade, evitando que ela se volte contra si mesmo e contra os outros. 4. O trabalho de figuração, desfiguração, reconfiguração da matéria artística reflete a ex-pressão e a im-pressão de si, ou seja, os movimentos de transformação do ser, pois o detento é obrigado a mudar para sobreviver e não enlouquecer na sua nova condição de prisioneiro. 5. O artista que começa a criar pode se tornar um modelo, um disseminador, uma base preciosa, e o encontro com o mundo da arte permite reencontrar as emoções estéticas que se conectam à comunidade humana. 6. Na criação coletiva a coabitação forçada e a promiscuidade, por vezes violenta, pode tornar o processo criativo uma aventura coletiva instauradora da comunidade, e mesmo talvez de fraternidade. 7. A reconstrução de si é obtida apenas na condição de se confrontar com sua prisão interior: o caos, a infelicidade, o indizível, a repetição, os dramas de infância, etc., na tentativa de simbolizá-los e de transformá-los. Assim, se for rigoroso, o processo criativo pode trazer altura, beleza, distância, uma nova dignidade ao detento em uma circunstância onde ele está particularmente, privado disso.


How to be creative in a prison's hellish environment? Based on the French experience, we advocate the importance of the creative process in prison by means of 7 points: 1. Creativity is a means of survival, which aims at escaping psychological damage and at mentally processing the imprisonment experience. 2. Creativity is conducive to spiritual evasion and allows for the opening of a small space of personal freedom in order to resist infantilizing effects, and brutality, as well as expanding horizons during deadly prison time. 3. The creative process serves the purpose of exorcizing anger, revengefulness, violence, fear and, also, it has a cathartic effect on one's destructive instinct, which prevents such instinct from harming oneself and others. 4. The work of figuration, disfiguration, and reconfiguration of artistic matter reflects one's own expression and impression, that is, the movements of self-transformation as an inmate is forced to change in order to survive and not go mad due to their new confined condition. 5. An artist who starts creating might turn into a role model, a disseminator, and a precious basis. This introduction into the art world brings out a rescue of esthetic emotions, which are connected to human community. 6. In collective creativity, forced coexistence, and promiscuity, which sometimes can be violent, might turn the creative process into a collective adventure that restores the senses of community as well as fraternity. 7. One's own reconstruction is obtained only by means of confronting one's own inner prison: chaos, unhappiness, the unspeakable, repetition, childhood drama, etc, in order to get those elements symbolized and transformed. Thus, the creative process, when rigorous, might produce redemption, beauty, self-possession and a new dignity for an inmate living in circumstances in which such person is particularly deprived of all those things.


¿Cómo ser creativo en el infierno de la prisión? Basados en la experiencia francesa, defendemos la necesidad del proceso creativo en la prisión en siete puntos: 1. La creación es un medio de supervivencia para escapar del choque psíquico e intentar elaborar el sufrimiento del encarcelamiento. 2. Crear conduce a una evasión por el espíritu y permite la apertura de un pequeño espacio de libertad para resistir a la infantilización y a la brutalidad, y para abrir horizontes en el período mortífero de la prisión. 3. El proceso creativo tiene una función de exorcismo de la rabia, de la venganza, de la violencia, del miedo y un efecto de catarsis de la destructividad, evitando que se vuelvan contra sí mismo y contra los otros. 4. El trabajo de dar forma, quitar la forma, y reconfigurar la materia artística refleja la expresión y la imagen de sí; es decir, los movimientos de transformación del ser, pues el detenido es obligado a cambiar para sobrevivir y no volverse loco en su nueva condición de prisionero. 5. El artista que empieza a crear puede volverse un modelo, un promotor, una base preciosa, y el encuentro con el mundo del arte permite volver a encontrar las emociones estéticas que se conectan con la comunidad humana. 6. En la creación colectiva, la convivencia forzada y la promiscuidad a veces violenta pueden hacer que el proceso creativo sea una aventura colectiva que instaure una comunidad, e incluso tal vez la fraternidad. 7. La reconstrucción de sí es obtenida sólo a condición de enfrentarse con su prisión interior: el caos, la infelicidad, lo indecible, la repetición, los dramas de la infancia, etc., en el intento de simbolizarlos y transformarlos. Por lo tanto, si es riguroso, el proceso creativo puede traer altura, belleza, distancia, una nueva dignidad al prisionero, en una circunstancia donde él está particularmente privado de eso.


Assuntos
Prisões , Criatividade , Psicanálise
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